terça-feira, 5 de novembro de 2013
A arte sempre foi algo literalmente sem sentido
e simbolicamente expoente do gozo mental, mesmo para quem não é um critico de
arte, seja ela qual for, entendemos que a mesma sempre nos serviu para esvaziar
a cabeça, uma espécie de masturbação intelectiva, uma maneira de relaxar. Dado o
nosso atual nível intelectual e cultural, é notório que a comedia é a criação artística
mais entendida e proporcionadora de vida boa(ou alguém ai está afim de tomar
uma cerva enquanto olha um Caravaggio). Um comediante canta, fala, cria
historia, faz de tudo para atingir o publico, são verdadeiros “psicólogos do povão”.
Taxar a comedia como ofensiva e de mau gosto, é
acentuar a ignorância da nossa população, pois a comedia atual (stand up) é um
reflexo da sociedade existente hoje. Um ambiente onde pessoas discutem assuntos
íntimos em programas de televisão, redes sócias, mercado de virgindade, etc. O
comediante foi obrigado a evoluir para sobreviver, ou se usa de sacanagem ou se é sacaneado no final do mês
por não ter conseguido pagar as contas devido o péssimo show. Para todas
aquelas pessoas que não gostam da comedia ofensiva, sempre haverá os
caravaggios da vida, estes tais que são reservados para pessoas que acham que
tem uma “cultura superior”.
“ Assistir um stand up nos dias atuais é como
olhar num espelho”.
O Homem no Espelho
Quão triste é você, que não fez nada
na vida além de lustrar o portal de tua morada?
Tudo isso apenas para enxergar mais
longe?
Como se o infinito fosse tão atrativo
assim...
Quão audacioso sou eu por te julgar?
Eu que não fiz nada além de me
trancar nesse mundinho livresco...
Afinal quem somos nós?
Lados opostos da mesma tragédia?
Talvez...
Uma coisa tenho certeza, e você
certamente concordará comigo.
Em nós o sopro de Deus foi tão forte
que perdemos os cílios.
Entende agora por qual motivo não
saímos dos grotões de Gaia?
Agora que estamos entendidos, vamos
tomar um bom e venenoso Uísque, enquanto isso você vai me contando aquela velha
história do corpo que com a chegada da noite não conseguia morrer, e da alma
que durante o dia não conseguia viver.
HFL
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