quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A GUERRA.

... Em meio a tantos corpos moribundos banhados de sangue fechou-se os olhos e ele só conseguia pensar o porquê daquilo tudo ter acontecido, qual seria o motivo de tantas mortes o que levara a tanta desavença. Independente do motivo para ele nada podia ser tão grande a ponto de ser digno daquele enorme rio de sangue que só seria menor se comparado ao mar de lagrimas que seria derramado pelos amantes dos tais dilacerados. Então ele se lembrou de um momento em quo seu general, diga-se de passagem, um grande homem com um enorme poder persuasivo encorajava todos os soldados, para que quando entrassem em combate eles lembrassem que o motivo da guerra era para se obter um mundo melhor sem ameaças, e assim como um radio que vai perdendo seu sinal a fala do velho general foi sumindo pouco a pouco, nesse momento seu cérebro deu um estralo e seus olhos se abriram e a única coisa que ele conseguiu dizer para o homem que estava com aquela arma apontada para sua cabeça foi: “ mate-me e depois se mate assim tudo estará terminado, nós viemos aqui em busca da paz por essa razão todos nós devemos morrer, porque pessoas como nós não são dignas de buscar a calma do espírito, hoje perdemos a nossa paz porque quem mata carrega um grande peso na consciência, e essa foi a razão de nossa falha, na verdade no momento em que pisamos nesse campo nós perdemos a pureza que trazíamos em nossas consciências e ainda demos um jeito de tirar a paz daqueles que nos amam”. Então não se ouviu mais fala humana e sim dois estalos (Pou! Pou!) seguidos de uma queda amortecida por corpos moribundos.

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